Fonte: Google 2017.
Quando esperava meu primeiro filho, uma mulher
me disse: você vai vivenciar um grande amor, será sua grande paixão, pois bem,
não é que aquela mulher tinha razão?! Gerar um filho no útero ou no coração é
uma paixão eterna, de fato, fiquei curiosa para conhecer o significado e
definição de "paixão", lembrei-me da "Paixão de Cristo",
que porventura nos lembra do sofrimento e martírio de Cristo. Essa palavra em
sua definição e significado fala de ardente sentimento intenso, parcial, grande
predileção, sofrimento, entre outros. Mediante esta análise quero atrelar este sentimento
ao nosso de mães, após a maternidade inúmeros acontecimentos ocorrem em nossas vidas,
elas se transformam, se recriam, se remendam e deve-se remendar, simplesmente
pelo fato de que somos parte de um processo de construção e desenvolvimento de
nós e do outro, aquele (a) de quem cuidamos, amamos e criamos como nosso filho
(a). Particularmente eu gosto muito desta palavra: "remendar", por
nos mostrar que não somos perfeitas e nem precisamos ser, creio que ninguém
nunca será. Então, será provável que iremos errar e não aceitar que erramos,
acertar e não sermos reconhecidas que acertamos, acontecerão momentos de amores
e desamores, cada mãe enxerga a maternidade de uma forma, umas fazem tudo pelos
seus filhos sem medida, não medem esforços nem consequências, outras de forma
mais deliberada tentam dar autonomia sem largar, protegendo e segurando as
pontas quando necessário; liberais, tradicionais, super protetoras etc... mas
todas (os) têm uma coisa em comum, digo todos também, pelo ato e ação da
maternidade não ser unicamente exclusiva do gênero feminino. O amor, a paixão é
a marca, o registro, o selo desta relação, desta preciosa experiência. Agora
quero deixar uma reflexão... Se ame, se cuide, se doe sem se anular, porque
você é parte deste processo, uma parte para ser concreta depende da outra, de
modo que, nenhuma pode ser inteira e completa sem a outra, muitas mães se esquecem
de si mesmas, isso pode acontecer por diversos motivos, principalmente
cultural, mas temos que nos reconhecer como parte; não posso querer que o outro
se sinta feliz, amado e pleno se eu não me realizo em pleno amor comigo mesma.
Lembra do remendar? Não deixe que as intercorrências, interferências e consequências
da vida venham estagnar o seu "eu", porque, meu bem, ser maternal não
é ser prisioneira da maternidade, crie uma interlocução com você mesma, assim
será mais fácil se enxergar no outro e o outro também se enxergar em nós, é,
somos o sagrado espelho. Desejo a todas (os) que sejam felizes com a
maternidade, que ao padecer nesse paraíso vos floresça a amabilidade!
Lilian Oliveira, é pedagoga, poeta e graduanda da disciplina de Geografia. Mãe do Luis Vinicius; da Lilian Quézia e da Ana Luíza. É professora de Educação Infantil no CEI Nossa Senhora Rainha da Paz.
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